28 fevereiro 2006 

Mozart 100

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Comprei isto!!! É lindoooooooooooooooooooooooooooooo!

 

Falta de Tempo

Como já repararam, estive ausente por uns dias (obrigada pela vossa preocupação!).
Esta ausência não se deveu a nenhuma viagem (quem me dera!) e muito menos a férias!
O fim do mês é sempre uma altura um pouco crítica na escola, porque sou eu, sozinha, que tenho de tratar dos ordenados dos professores, controlar os requerimentos de novos materiais, organizar as fichas dos alunos... O meu pai diz que eu tenho uma secretária na escola e não lhe dou nada para fazer, mas a verdade é que se ela não existisse, eu teria ainda mais trabalho... E há certas coisas que não gosto de delegar nas mãos de outras pessoas (casmurra, sim!)

E pronto, como sou casmurra e quero fazer tudo ao mesmo tempo, entre a escola e o ginásio, o meu computador pessoal esteve desligado mais ou menos 5 dias inteiros, o que é uma verdadeira vitória!
Mas, em princípio, as coisas agora vão acalmar e terei mais tempo para vir aqui, ler-vos! (que é tão bom!)

Durante esta minha ausência, nem sequer tive muito tempo para pensar na minha vida e, apesar de não parecer, isso ajudou-me a perceber que é muito mais fácil tentar tomar decisões quando não se tem a cabeça quente. O F. tem-me ligado regularmente, mas tenta ter sempre conversas que não incluam qualquer tipo de pressão sobre as minhas decisões. Não gosto muito de confessar isto, mas a verdade é que me tem sabido bem falar com ele.
A vida encarregou-se de me levar os amigos para outros países, em Portugal tenho umas duas pessoas e, confesso que às vezes sinto uma enorme falta dos jantares para 15 (e era sempre preciso juntar mais cadeiras!) e de sentir que, se quisesse ir rebolar na areia da praia, teria sempre companhia...
Por motivos profissionais, as pessoas acabam por se afastar e, se já é difícil quando os amigos estão a 200 ou 300 Km, no mesmo país, quando estão a milhares de Km as saudades parecem ainda ser maiores...
E o F. sabe que, muitas vezes, sinto que preciso de falar com alguém... E tem sabido gerir isso a seu favor... Mas, pelo menos não me tem pressionado e até já me ri ao telefone com ele, o que só pode ser bom!

De resto, no próximo fim-de-semana, começa o meu curso (sim, fui aceite!) - estou ansiosa!

Muitos beijinhos a todos e prometo não fugir tanto tempo outra vez! :)

PS - Vou ler tudinho nos vossos blogs agora! *evil grin*

20 fevereiro 2006 

Aniversário

Hoje faço 24 anos! Já?! O que é que eu andei a fazer estes anos todos, que parece que ainda ontem nasci?!

Também hoje, seria o dia em que o meu bebé iria nascer. Apesar da nostalgia que este pensamento me traz, apetece-me sorrir pelo meu filho que nem chegou a nascer. Apetece-me estar bem para que ele, lá de cima, da estrelinha onde habita, possa ver-me bem e a sorrir-lhe!

Plano para hoje: Jantar com a mãe, que está sozinha e... Atender telefonemas de parabéns!

Um óptimo (resto de) dia a todos!

18 fevereiro 2006 

Sábado de Chuva

Hoje choveu todo o dia... Limpei a casa de alto a baixo e estive na escola a tratar da papelada até agora...

Quando vinha para casa, pela marginal, olhei o mar... Apesar do mau tempo, pareceu-me tão calmo como sempre, tão sereno...
Gostava de ser como o mar: deixar as tempestades passarem por mim, mantendo sempre a serenidade...

16 fevereiro 2006 

Recaída...

Estava eu tão bem, a fazer tantos progressos, a conseguir andar com a minha vida...
Cheguei a casa, precisava de espairecer, peguei numas partituras e toquei para mim mesma... Tocaram à porta. Abri a porta da rua sem perguntar quem era (algo que nunca faço, mas estava à espera do Peter, que me vinha trazer os papéis de confirmação da inscrição do curso), abri a porta de casa e, aflita que estava, fui à casa-de-banho... Ouço a porta abrir e grito:

- Vai entrando, já vou! Desculpa!

Quando saio da casa-de-banho... Tenho o F. à minha frente. Apanhei o maior susto da minha vida, o meu coração disparou e senti-me desmaiar...

- Tem calma, desculpa ter entrado, mas estava aberta. Eu...

Durante mais de meia hora não soube bem o que dizer... Ele trouxe-me um copo de água, não tive forças para mandá-lo embora. Dado o meu silêncio, ele falou sem nunca ser interrompido...
Contou-me que tem estado a fazer terapia com um psicólogo, que se tem sentido a meio gás no trabalho e em todas as restantes áreas da vida, que não aguentou o choque do que se passou, que sabia que era errado deixar-me, mas que não aguentava ver-me assim e não poder fazer nada, que se sentia horrível e que sentia, na altura, que eu merecia melhor... Chorou como nunca o tinha visto fazer, e disse que faria qualquer coisa para me provar que, se eu lhe der uma oportunidade, tudo será diferente, desta vez...
Não consegui dizer nada, só sentia as lágrimas a correr... Deixei que me abraçasse e até que me beijasse. Não queria que assim fosse, não é certo!...
Mas o que é que se faz contra o que se passa cá dentro?...
Pedi-lhe que saísse, que não conseguia falar naquele momento e pedi-lhe que não me apanhasse desprevenida outra vez. Disse-lhe que não conseguia ser mais que amiga dele, mas sabe Deus o quão pequenino ficou o meu coração à medida que as palavras me saiam da boca e ao vê-lo saír por aquela porta...

Saiu há minutos. E eu fiquei... Cheia de vontade de lhe pedir que ficasse, de lhe dizer que, apesar de ele me ter falhado, eu não o queria falhar a ele...
Mas, ao mesmo tempo, sem saber se reagi assim porque ainda não tive tempo suficiente para pensar nisto tudo...
Ai! Vida! Quando é que este pesadelo termina?...

 

Alegrias!

Hoje comecei muito bem o dia, a Eva (uma violoncelista Polaca que dá aulas na minha escola) quis falar comigo, em privado, no nosso primeiro intervalo. Costumamos sempre ir ao bar comer qualquer coisinha juntas, gosto muito dela.

Vamos para o gabinete da direcção e a Eva conta-me a grande novidade: Está grávida!
Está grávida, mas está cheia de medos, não quer contar ao namorado, não sabe se vai ser boa mãe... :) Aquelas coisas que nos atacam a todas da mesma forma!
Fiquei muito feliz por ela!

Quanto a mim... Tenho tido uns sonhos meio estranhos. Sonho muito com a minha trisavó (que ainda tive a felicidade de conhecer!), que morreu quando eu tinha 6 anos. Lembro-me tanto dela, das mãos dela, da voz dela, da cara dela a olhar para mim...
Não sei o que será que estes sonhos significam, mas sei que me têm deixado feliz! Talvez seja parvoíce, mas sinto-a perto de mim e sinto-me protegida e bem comigo mesma!

De resto, reservei o próximo fim-de-semana para limpar a casa de alto a baixo (O Sábado, como sempre) e para ir à escola, enfiar-me no gabinete a tratar das papeladas...
Este ano dou menos aulas que o ano passado, porque o meu pai decidiu "reformar-se" da escola.

O Peter (colega Dinamarquês - a minha escola é muito internacional! ahaha) convenceu-me a inscrever-me num curso de aperfeiçoamento para Instrumentistas de Orquestra, portanto, de Março a Junho vou ter os meus fins-de-semana de manhã ocupados... Mas é por uma boa causa e, ao menos, não penso em coisas piores!

Já é quase hora de almoço e, portanto, um pouco tarde para desejar um óptimo dia a todos, mas eu, REBELDE!, desejo na mesma! :) MUITO BOM DIA A TODOS!!

15 fevereiro 2006 

Intolerância

Mandaram-me isto por e-mail... Decidi pôr aqui, porque traduz exactamente aquilo que penso...

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14 fevereiro 2006 

"Stress and Love Release" :)

Saí às 18.40, fui direitinha ao ginásio, vesti o meu fato de banho, pus a touca (e se há pessoa que fica RIDÍCULA de touca, sou eu!!), e nadei, nadei, nadei... Libertei-me de stresses e nervos! :)
Cheguei aos balneários às 20.42, a minha mãe tinha ligado 3 vezes...
Quando já estava no carro, liguei-lhe de volta.

- Diga, mãe.
- Era só para te dar um beijinho de parabéns.
- De parabéns?
- Sim, pelo dia dos namorados! És a minha "namorada"!

Apesar do cansaço que já começa a obrigar-me a fechar os olhos, queria só partilhar convosco esta outra maneira de encarar o "Dia dos Namorados"! :)

13 fevereiro 2006 

Resoluções

Fim-de-semana longo... E mesmo no dia de hoje, quase nem me senti acordada o suficiente para poder sentir o dia passar por mim. Acho que só percebi que dia é hoje quando aqui me sentei, para reflectir sobre o assunto...
E, mesmo assim, há qualquer coisa que me manda erguer a cabeça e pensar que tudo vai ficar bem... E mesmo sorrir! Ai... O cérebro humano parece ter uma grande resistência à rendição à depressão...
E tudo isto depois de ter dito ao F.: "Amo-te e não sei se algum dia vai deixar de assim ser mas, neste momento, não quero de volta alguém que não sabe que, contra adversidades, a união faz a força. Preciso de tempo e espaço. Porque não sei se algum dia vou conseguir olhar-te e ver-te como antigamente."
Não sei se me vou arrepender, mas talvez a vontade que sinto de ser positiva se deva precisamente ao facto de ter sido honesta comigo mesma e, sobretudo, de ter tomado uma resolução que não tem nada a ver com o cliché em que eu pensava ir caír... ("Se ele quiser, eu vou a correr")
E, ainda que possa estar errada e tenha sido ensinada a perdoar, não consigo fazer de outra maneira... Olhar para ele é reviver dores que, embora eu saiba que não serão apagadas, sem ele serão, com certeza, resolvidas em mim... Talvez depois, com a serenidade que o tempo nos oferece, possa pensar em encará-lo... E, nessa altura, se o F. já não estiver à minha espera... Talvez seja porque foi assim que teve de ser.
*Desculpem se escrevo sem nexo. Saiu assim!*

10 fevereiro 2006 

Aula das 8.10

Fui dar a aula das 8.10. Era aula de Método Suzuki, que se destina a ensinar violino a crianças a partir dos 2 anos/2 anos e meio.
Sempre foi a aula que mais gostei de dar, apesar de tudo, sinto-me muito bem com as crianças e acho-as lindas - sim, a todas! :) E hoje, particularmente, precisava de não pensar!
Uma das mamãs pede para me falar à parte.

- Marta, o Miguel [4 anos] está cheio de febre...
- Então e trouxe-o?
- Fez uma birra que queria vir...
- Mas... Coitadinho, tão cedo? Não será melhor levá-lo para casa?...
- Tente a Marta!

Dirijo-me ao Miguel.
- Miguel, pá! 'Tás doente, ainda pegas ao violino! Não podes ficar... Quando estamos doentes, precisamos de descansar.

O Miguel olha para mim com ar despreocupado e, com as bochechas muito encarnadas olha para mim e diz-me:
- Ó Marta, mas eu não estou cansado! Além disso, os violinos não ficam doentes. Só as pessoas e os animais. E também, não posso perder a prática!...

Toma. Para a próxima não te armas em esperta! :)

 

Viagem ao Passado...

Depois de muito pensar e da insistência do F. ter deixado o meu telemóvel sem bateria, acabei por atendê-lo.
Era a mesma conversa de me querer ver e de estar arrependido de me ter deixado na altura em que mais precisei dele.

No dia 25 de Maio de 2005 descobri que estava grávida! Foi a melhor sensação do mundo! O F. ficou tão feliz que eu acho que nunca o tinha visto assim.
Durante quatro meses, tudo correu bem e ver a barriguinha crescer (pouco, mas qualquer coisinha era motivo para festejar!) era o nosso passatempo preferido.
No entanto, no dia 30 de Setembro de 2005 um acidente de carro (do qual não tivémos culpa) provovou-me um aborto e perdemos o nosso filho. Acho que nunca me senti tão vazia na minha vida...
Quando acordei, no dia seguinte, na cama do hospital, sabia que alguma coisa não estava bem. Tinha muitas dores na barriga e a enfermeira (a mais doce que já conheci) informou-me que tinha perdido o meu bebé.
O F. estava bem, "só uns arranhões", disse a enfermeira. Foi chamá-lo.
Abraçámo-nos e chorámos durante um período de tempo que me pareceu bem mais que uma hora...
Como não me lembrava, ele contou-me que o outro carro (de um bêbedo) tinha embatido directamente na porta do meu lado. Reparei nas mãos e nos braços dele, cheias de cortes. Só então reparei nas minhas... Iguais...

Os dias seguintes foram os mais difíceis que vivi até hoje. Os olhos cheios de lágrimas dos meus pais, dos pais do F., da irmã do F., da minha avó... Os telefonemas, sempre tão difíceis de atender...
Até que o F. decide que não me merece. Que a culpa era dele, que não devia ter permitido que aquele acidente acontecesse, que o homem podia estar bêbedo, mas ele também podia ter ido mais devagar, que não aguentava a pressão e que eu tinha de encontrar um homem que merecesse a luz que eu sei trazer à vida das pessoas.
E nem as minhas palavras de negação foram suficientes para que ficasse.
Saiu, a chorar, depois de ter chamado a minha mãe para ficar comigo.
"Deixa-o ir, filha, ele precisa de pensar. Ele volta..."
Mas não voltou. Deixou-me sem as duas coisas que mais valor tinham para mim. Sozinha. Quando 1 semana antes eu pensava que não me faltava absolutamente mais nada para ser a pessoa mais feliz do mundo...

E agora, 1 psicólogo e 4 meses e meio depois, precisa de me ver porque me ama e quer apagar o que se passou...
Apetece-me dizer-lhe que venha, que nunca me esqueci do cheiro dele, que todas as noites o procuro, na cama, que tenho saudades de fazer batido de manga, que sinto a falta de encontrar nos bolsos pequenos post-it a dizer "Amo-te, Martita", que até já nem me importo se ele continuar a trocar as nossas toalhas de banho...
Mas ainda é tão difícil... Parece-me tudo tão injusto...

E as palavras dele, que não me saem da cabeça:
"Fazes anos dia 20... Dissémos que ia ser o dia do nosso bebé, lembras-te?"

09 fevereiro 2006 

Manhã...

Estava eu, por volta das 9.30 a dar a minha aula de violino, quando batem à porta, muito ao de leve... Estranhei. É muito raro, na escola, interromperem uma aula.
O meu cérebro começou imediatamente a pensar em grandes dramas, acerca do que se poderia ter passado...

- Marta, telefone para si...
- Mas eu agora estou a dar aula, Ana, quem é?
- Não quiseram dizer, disseram só que era urgente...
- Não quiseram dizer?!... Que estranho... Diga que liguem às 12h, se faz favor...
- Mas ele insistiu mesmo que a chamasse.
- ... Ele...? Se tivesse dito quem era, eu descia para atender, agora assim... Ele que ligue mais tarde... Obrigada, Ana.

Das 9.30 às 12h fiquei um pouco inquieta com aquilo mas, o quê de tão urgente poderia ser? No intervalo entre as duas aulas, fui ao meu cacifo buscar o telemóvel... 7 chamadas não atendidas de um número anónimo. Liguei aos meus pais, estava tudo bem... E as pessoas com quem me dou identificam-se nas chamadas que fazem... Decidi então não pensar muito nisso, às 12h saberia...
Dei o resto das aulas (tenho tanto orgulho nos meus alunos!) e, às 12h, sentei-me à frente da secretária da Ana, à espera, com o telemóvel na mão.
12.05 toca o telefone. Era para mim e, mais uma vez, a pessoa em questão não se quis identificar...
Atendi, meia a medo...

Surprise, surprise... Era o F. ... Devo ter ficado branca e senti distintamente as minhas pernas a tremer... Nem consegui falar.

- Desculpa estar a ligar-te para a escola, eu sei que não gostas mas... Preciso de falar contigo. Tenho muitas saudades tuas... Não te vejo há 4 meses, Marta.
- ...
- 'Tou?
- Sim.
- Não me quis identificar porque sabia que não vinhas atender se assim fosse...
- Exacto. E, a partir de hoje, fico já a saber que não se atendem telefonemas de pessoas que não se identificam.
- Marta... Preciso mesmo de te ver.
- Eu não vou falar sobre isso, estou no meu local de trabalho...
- Ligo-te para o telemóvel?
- Não.

Desliguei. Desde a escola até casa, ligou-me 14 vezes. Não atendi nenhuma delas. Estou meia zonza... Porque é que ele tem de me fazer isto?... Quando pensamos que já está a começar a doer menos... Zás!
Tenho que ir dar outra aula às 14.30 e ainda nem sequer consegui comer nada... É incrível como ainda o amo tanto... :(

08 fevereiro 2006 

Delícia do Dia

Antes de vir para casa, qual boa dona de casa, passei pelo super mercado.
Na fila, à minha frente, estava uma menina, com os seus 4/5 anos, a meter-se comigo e a sorrir para mim. Olhava muito séria para mim, quando a mãe lhe disse:

- Madalena, deixa a senhora...

A Madalena não ligou e continuou a lançar-me sorrisos. Quando a mãe acabou de pagar, a Madalena vira-se para mim e diz:

- Adeus, senhora bonita!

E não é que esta frase made my day? :)

 

Ginásio e Outras Dores...

Este mês decidi reinscrever-me no ginásio. Sempre ajuda a libertar a cabeça do turbilhão de pensamentos e é uma forma divertida de cuidarmos um pouco da nossa saúde.
Ontem, segui o programa de exercícios que me foi recomendado no início e, ao fim de uma hora inteira de treino, estava toda armada em importante porque, até à hora em que me deitei, não tinha qualquer dor muscular (que seria normal para quem não praticava desporto há 3 anos).
Bebo o meu chá, deito-me na caminha e adormeço. Acordo às 3 da manhã com uma SMS da Rita a dizer que o João tinha acabado o namoro com ela, se podia vir passar a noite a minha casa, que não sabia o que fazer.
Não que me sinta capaz de dar apoio emocional a alguém, nesta fase, mas disse-lhe que viesse.
Anda tudo maluco ou quê?... A Rita e o João estavam juntos desde a escola secundária, que é que anda a passar? É impressão minha ou os homens (alguns, sem ofensa!) têm muito mais facilidade de se libertarem de relações de vários anos do que nós, mulheres?...
Levantei-me da cama, cheia de dores em tudo quanto era músculo, arrastei-me até à cozinha para preparar um chá para a Rita e a pensar que não devia ter lançado os foguetes antes da festa quanto aos meus ricos músculos...
A Rita chega às 4 menos 20, chora baba e ranho, diz que o João é o homem da vida dela e que desta vez não há volta a dar, eu choro com ela, ela pede desculpa por me estar a fazer lembrar do F., e, às 6 da manhã, quando fui buscar um dos meus pijamas para a Rita, enrolo, sem saber como, o pé esquerdo num tapete e espalho-me ao comprido no chão...
Acho que nunca me ri tanto de mim mesma numa só noite!
Meus ricos músculos!... Mas, ao menos, a Rita já não chorava e pudémos dormir as duas horas de sono a que ainda tínhamos direito...

07 fevereiro 2006 

Início...

Começar de novo custa sempre. Por isso, hoje, tenho apenas vontade de começar. Existem muitas coisas que quero esquecer, muitas que quero lembrar, muitas que quero viver!...

O novo ano, ainda tão recém-nascido (e apesar de prometer sempre uma vida nova) ainda não conseguiu apagar aquilo que foram os últimos 6 meses...

Por isso, hoje, começo. Começo apenas a escrever este blog. Mais não seja, pode ser que me ajude a conhecer-me melhor. E a não baixar os braços.