Recaída...
Estava eu tão bem, a fazer tantos progressos, a conseguir andar com a minha vida...
Cheguei a casa, precisava de espairecer, peguei numas partituras e toquei para mim mesma... Tocaram à porta. Abri a porta da rua sem perguntar quem era (algo que nunca faço, mas estava à espera do Peter, que me vinha trazer os papéis de confirmação da inscrição do curso), abri a porta de casa e, aflita que estava, fui à casa-de-banho... Ouço a porta abrir e grito:
- Vai entrando, já vou! Desculpa!
Quando saio da casa-de-banho... Tenho o F. à minha frente. Apanhei o maior susto da minha vida, o meu coração disparou e senti-me desmaiar...
- Tem calma, desculpa ter entrado, mas estava aberta. Eu...
Durante mais de meia hora não soube bem o que dizer... Ele trouxe-me um copo de água, não tive forças para mandá-lo embora. Dado o meu silêncio, ele falou sem nunca ser interrompido...
Contou-me que tem estado a fazer terapia com um psicólogo, que se tem sentido a meio gás no trabalho e em todas as restantes áreas da vida, que não aguentou o choque do que se passou, que sabia que era errado deixar-me, mas que não aguentava ver-me assim e não poder fazer nada, que se sentia horrível e que sentia, na altura, que eu merecia melhor... Chorou como nunca o tinha visto fazer, e disse que faria qualquer coisa para me provar que, se eu lhe der uma oportunidade, tudo será diferente, desta vez...
Não consegui dizer nada, só sentia as lágrimas a correr... Deixei que me abraçasse e até que me beijasse. Não queria que assim fosse, não é certo!...
Mas o que é que se faz contra o que se passa cá dentro?...
Pedi-lhe que saísse, que não conseguia falar naquele momento e pedi-lhe que não me apanhasse desprevenida outra vez. Disse-lhe que não conseguia ser mais que amiga dele, mas sabe Deus o quão pequenino ficou o meu coração à medida que as palavras me saiam da boca e ao vê-lo saír por aquela porta...
Saiu há minutos. E eu fiquei... Cheia de vontade de lhe pedir que ficasse, de lhe dizer que, apesar de ele me ter falhado, eu não o queria falhar a ele...
Mas, ao mesmo tempo, sem saber se reagi assim porque ainda não tive tempo suficiente para pensar nisto tudo...
Ai! Vida! Quando é que este pesadelo termina?...
Aiiiiiiiiii, Martinha como eu te compreendo. Não sei o que te dizer, a não ser que a resposta está dentro de ti.Talvez ele tenha crescido, talvez não, estarás tu disposta a dar mais uma oportunidade ? Qualquer que seja a tua decisão final, eu espero é que tu sejas imensamente feliz :)
Muitos beijinhos !
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reborn |
17 fevereiro, 2006 00:13
Eu acho que a Reborn tem razão (E serve para as 2!). As respostas estão dentro de ti!
E eu lá vou apanhando umas molhas, para pelo menos ajudar a ter manter o sorriso e a boa disposição!
Jinhos
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Piquinota |
17 fevereiro, 2006 10:18
Também não sei que te dizer, é uma situação muito delicada e muito pessoal. Tens de procurar a resposta dentro de ti, ver/sentir que ele relamente mudou.
Amiga, espero que sejas muito feliz.
Bjs
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Anónimo |
17 fevereiro, 2006 15:29
Marta, não tens que te sentir mal.
A verdade, é que ele até pode gostar, realmente, de ti. Pode; apesar de tudo!
E tu gostas dele, não é?!
Tem calma; mas não remes contra o teu próprio coração.
Beijinhos!
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Margarida Atheling |
17 fevereiro, 2006 15:51
"O coração tem razões que a própria razão desconhece", dizia Pascal.
E o general Fox, dizia que as guerras se ganham com soldados cansados.
Não desanimes.
Baci :o)
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Nekynho |
18 fevereiro, 2006 06:39
Não consigo dizer nada de produtivo sobre o que estás a passar. Apenas tenta não pensar só com o coração, mas, sem o deixar demasiado de lado.
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Dani |
18 fevereiro, 2006 08:55
Obrigada meus queridos, pelas vossas palavras, sempre carinhosas! Muitos beijinhos a todos!
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Marta |
18 fevereiro, 2006 19:20