Alive
Bem... Cá estou eu! Já consegui trazer o meu portátil de Portugal, portanto, agora que já tenho um computador à mão, em que se possam pôr acentos, já me sinto mais confortável para escrever.
A primeira razão - e mais importante - pela qual não tenho passado por cá, é o facto de não ter internet em casa e de, no trabalho, me ser difícil conseguir aceder a computadores. Passo muito tempo de um sítio para o outro e - confesso - trabalho muitas horas, de modo que quando chego a casa quero é sopas e descanso, como imaginam.
Às vezes sinto falta deste mundo virtual, mas - e esta é a segunda razão pela qual não tenho cá vindo - a verdade é que este blog me lembra muito do Francisco. Criei-o por causa dele, para poder ter uma espécie de diário em que pudesse desabafar e que, ao contrário de um caderninho que poderia guardar no meu quarto, nunca pudesse ser associado a mim... Ainda que alguém o lêsse.
A verdade é que, há uma grande parte de vocês que só começou a ler-me depois do que aconteceu ao Francisco, e isso - apesar de me terem dado um apoio e um ânimo que eu, ainda que viva 200 anos, nunca serei capaz de vos retribuír - acaba por me lembrar um pouco por que razão eu vos escrevo e por que razão alguns de vocês me lêem.
São sentimentos muito estranhos, quando clico em "Publish Post" e me apercebo que a razão principal para este blog existir nem sequer o pode ler. Penso que entenderão.
Daí a minha ausência. Daí esta necessidade de afastamento, de me "fechar" um pouco em mim, como forma de manter um pouco a minha sanidade mental. Seja defesa, seja medo, mas é algo que me sinto melhor a fazer apenas de vez em quando.
A vida por aqui está a começar a encarrilhar, embora tenha passado parte da minha infância aqui e de cá vir todos os anos, é completamente diferente MORAR aqui. Mas já descobri uns quantos locais que me permitem beber um cappuccino (dos bons!!!) e ler um livro, aos fins-de-semana, já descobri jardins onde posso deitar-me na relva e fingir que nada mais existe sem ser aquela paz...
E, apesar do vazio que inevitavelmente me habita e habitará sempre um pouco, sinto-me bem, sinto que fui vencida pelo cansaço de tentar querer voltar atrás e impedir o inevitável.
Tenho saudades dos meus meninos, da minha escola, de vos ler e comentar as vossas aventuras todos os dias... Por vezes leio alguns de vocês. E quase todos me põem sorrisos nos lábios pela vossa forma engraçada de lidar com o dia-a-dia. Não tenho comentado, sinto que não tenho nada a acrescentar-vos, mas gostava que soubessem que vos espreito.
E agora... Vou correr para apanhar o autocarro!
Um beijinho Londrino,
M.T.
A primeira razão - e mais importante - pela qual não tenho passado por cá, é o facto de não ter internet em casa e de, no trabalho, me ser difícil conseguir aceder a computadores. Passo muito tempo de um sítio para o outro e - confesso - trabalho muitas horas, de modo que quando chego a casa quero é sopas e descanso, como imaginam.
Às vezes sinto falta deste mundo virtual, mas - e esta é a segunda razão pela qual não tenho cá vindo - a verdade é que este blog me lembra muito do Francisco. Criei-o por causa dele, para poder ter uma espécie de diário em que pudesse desabafar e que, ao contrário de um caderninho que poderia guardar no meu quarto, nunca pudesse ser associado a mim... Ainda que alguém o lêsse.
A verdade é que, há uma grande parte de vocês que só começou a ler-me depois do que aconteceu ao Francisco, e isso - apesar de me terem dado um apoio e um ânimo que eu, ainda que viva 200 anos, nunca serei capaz de vos retribuír - acaba por me lembrar um pouco por que razão eu vos escrevo e por que razão alguns de vocês me lêem.
São sentimentos muito estranhos, quando clico em "Publish Post" e me apercebo que a razão principal para este blog existir nem sequer o pode ler. Penso que entenderão.
Daí a minha ausência. Daí esta necessidade de afastamento, de me "fechar" um pouco em mim, como forma de manter um pouco a minha sanidade mental. Seja defesa, seja medo, mas é algo que me sinto melhor a fazer apenas de vez em quando.
A vida por aqui está a começar a encarrilhar, embora tenha passado parte da minha infância aqui e de cá vir todos os anos, é completamente diferente MORAR aqui. Mas já descobri uns quantos locais que me permitem beber um cappuccino (dos bons!!!) e ler um livro, aos fins-de-semana, já descobri jardins onde posso deitar-me na relva e fingir que nada mais existe sem ser aquela paz...
E, apesar do vazio que inevitavelmente me habita e habitará sempre um pouco, sinto-me bem, sinto que fui vencida pelo cansaço de tentar querer voltar atrás e impedir o inevitável.
Tenho saudades dos meus meninos, da minha escola, de vos ler e comentar as vossas aventuras todos os dias... Por vezes leio alguns de vocês. E quase todos me põem sorrisos nos lábios pela vossa forma engraçada de lidar com o dia-a-dia. Não tenho comentado, sinto que não tenho nada a acrescentar-vos, mas gostava que soubessem que vos espreito.
E agora... Vou correr para apanhar o autocarro!
Um beijinho Londrino,
M.T.