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23 abril 2006 

Pensei que manter-me afastada me ajudaria... Mas nestes dias, tenho procurado insistentemente a companhia das pessoas que me são próximas e que também o eram ao Francisco.
Procuro o Francisco em cada pedacinho de tudo e de nada que encontro nesta casa. O Francisco deixou a toalha de banho pendurada na maçaneta da porta da casa-de-banho; toquei-lhe na Quarta-feira e ainda estava molhada... O Francisco refilava comigo por eu nunca apertar o tubo da pasta de dentes "por baixo"; eu refilava com ele por ele deixar a toalha pendurada na maçaneta da porta, e acordámos que não refilariamos mais um com o outro, trocando um defeito pelo outro...
A toalha de banho ainda lá está. Não consigo tocar-lhe e mal consigo deitar-me na cama cujos lençóis ainda cheiram ao perfume dele... A caneca onde o Francisco tomou o seu último café ainda está pousada no lava louças. Está tudo como ele deixou e dou por mim a mover-me como se estivesse num museu, para que nada daquilo que o Francisco tocou seja perturbado. A escova de dentes, o livro que ele estava a ler, com o marcador com pautas e notas musicais a marcar a página 238... Pergunto-me se algum dia conseguirei mover todas estas coisas de lugar.
Esta noite dormi 8 horas. Não sei se sonhei, não sei se realmente dormi... Num piscar de olhos eram 21h43, noutro eram 6h12... Deixei-me ficar deitada sem saber onde ir, o que fazer... Que lei divina me leva o Francisco e me deixa assim, a morrer aos pedaços?

Pouco tempo antes do Francisco morrer, escrevi um poema (ou algo parecido) que lhe mostrei. Ele leu-o, olhou-me, sorriu-me e, depois de eu ter dito que não estava nada de jeito e que só lhe tinha mostrado porque era para ele, disse-me: És linda. Só isto. Com aquela simplicidade que faz qualquer ser, por mais ínfimo que seja, sentir que a sua existência valeu a pena só por ter ouvido, naquele instante, a docura daquelas palavras.
Hoje, como forma de agradecer todo o vosso carinho e palavras de incentivo, partilho-o convosco. Escrevi-o numa folha de papel, dobrei-o o mais que pude e coloquei-o no caixão do Francisco, por baixo da mão direita.


Toca-me.
O calor das tuas mãos sempre me atingiu o coração e a alma...
Olha-me.
Daquela forma em que ímans invisíveis prendem os meus olhos aos teus...
Diz-me.
Todas as coisas que guardas em ti e fazem parte de mim...
Vê-me.
Em cada momento que passa por nós e em nós permanece...
Beija-me.
E deixa o silêncio apurar-me os sentidos...
Fala-me.
Sem falares com palavras que se ouçam, mas antes, que se sintam...
Adormece-me.
Como se tudo não passasse de uma simples memória...

PS - Nunca serás uma simples memória. Serás, de todas elas, aquela que com mais amor recordarei. Amo-te. Dorme bem.

Obrigada Amor Maior e Piquinota pelos posts nos vossos blogs. Obrigada Undómiel pelo e-mail mais lindo que já recebi. Obrigada Dani, Anónima(o), Narizinho, Túlipa Negra, Ant, Sónia, Paulo Dâmaso, Desassossego, Maria, Consiglieri e Rosinha...
Que um Deus, que não o que me levou o meu amor, vos dê em dobro, tudo aquilo que de bom me desejam. Um grande beijinho.

Owa munina mai winda. num deixo palavras, mas sim um xi culaxao apertadinho apertadinho

:/

por mais que se diga, por mais que se fale...só o tempo te pode ajudar.Mas claro que a peça chave és mesmo tu. Força! E claro, muita coragem!Beijo

Deixo-te um beijinho de muita força!

Em algum lugar destas terras, há um doce olhar só para ti..
Um olhar especial, de alguém especial de distantes origens...
Um olhar de um justo coração que pulsa só a vida,
que sorri porque ama plenamente sem julgamentos,
preconceitos, nem distinções.
Hoje, como ontem, longe desses céus,
há um encantado olhar só para ti...
e nesse olhar vai para ti a magia da luz,
a simplicidade do perdão,
a força para comungar uma vida.
Hoje, de algum lugar dentro de ti
alguém que já o amou muito,e ainda o ama,
diz-te que valeu a pena ter estado nestas terras,
sob estes céus, falando de paz, união, amor, perdão.
Poder sentir a força que te faz sorrir
e continuar o caminho...
que um dia aquele doce olhar iniciou para ti.
Tudo isso, só para tu saberes que a vida continua...
E que a morte, é uma viagem.

:-*

olá... vim aqui parar pelo blog da Piquinota... li e reli os teus posts e ja me vieram as lágrimas aos olhos. É incrível como um momento toda a nossa vida pode mudar.
Nem tenho palavras para de dizer, mas deixo um beijo e espero que encontres força para recuperar.

É a primeira vez que te visito e apesar de não saber o que te dizer, as lagrimas que neste momento estão nos meus olhos são sinónimo de respeito por ti e também pelo Francisco.
E mais não sei dizer......

Marta, não te conheço pessoalmente... cheguei ao teu blog pela página de uma amiga. Li os teus últimos posts e fiquei sem saber o que dizer.
Admirei a forma lúcida como contaste este episódio triste, a coragem que tiveste para te sentares ao computador e partilhares toda essa dor connosco. Para mim é inimaginável a sensação que te atravessa... eu próprio não sei se conseguiria fazê-lo.
Nada substitui o Francisco... é um facto... mas queria que soubesses (no que me diz respeito) não estás e nunca estarás sozinha.
Respeito, compreensão e solidariedade... um beijo... e um :) sorriso que te ajude a recuperar... é o mínimo que te posso dar.

Fica bem... o melhor que possas... and everything is gonna be alright ;)

Não tens de agradecer...sabes que as palavras de apoio são sinceras e muito sentidas! Força Marta!
Um beijinho

Passei por aqui vindo do AmorMaior e li este e alguns dos outros posts. É estúpido como as coisas de um momento para o outro se podem tornar tão diferentes, tão estupidamente diferentes, mas a vida às vezes prega-nos destas partidas. É assim Marta…

Gostava de te dizer para teres muita força neste momento e levantares a cabeça por ti, por nós, mas especialmente pelo Francisco. Onde quer que o Francisco esteja, ele estará olhando por ti e torcendo para que tu sejas muito feliz.

Um beijinho e tudo de bom para ti

Oh Marta, não quero que agradeças o carinho que te dei... que te demos e que vamos continuar a dar... todos os que passamos por cá. Triste foi conhecer-te nestas circunstâncias, mas quero que saibas uma vez mais que, por mim, não estás nem estarás sozinha. A minha dor ao ler os teus posts não se compara à tua que experimentas a perda... a visão das coisas é outra... diferente... e por isso mesmo... ainda que à distância de um teclado, faço (ou tento fazer) algo que melhore o teu estado de espírito.
Com estas palavras, que são pouco para colmatar tamanha perda, todos os teus amigos... e aqueles que nao o sendo se solidarizam na tua dor, querem ajudar-te a reconstruires-te... a colar os cacos, a recomeçares... a sorrires... outra vez.

:)

Eu estou aqui.

Beijinho

Olá, minha querida!
É com lágrimas nos olhos e o coração apertado que escrevo.
Não sei o que te dizer, não tenho palavras para atenuar a tua dor.
Não tenho palavras para o que aconteceu...
Sempre que precisares, mesmo à distância, sabes que podes contar comigo.
És uma das pessoas que gosto muito na net e agora até me sinto mal de não ter vindo cá durante tanto tempo. Passei tantas vezes e só tinha a mensagem que estavas de férias.
Oh, linda, um beijinho grande e muita força para continuares o teu caminho, que o teu Francisco está lá em cima a olhar por ti.

Um forte abraço para ti Joana.

bjs

Desculppa,eu quiz dizer Marta e disse Joana,desculpa mesmo,onde é que eu tinha a cabeça.
bjs

olá marta.
vim aqui parar por causa de um post da Amor Maior e não tenho palavras para expressar o que sinto neste momento. depois de ler o teu blog todo e de ver tudo o que passaste só dá vontade de perguntar a Deus porque aconteceu isto. não consigo dexar de pensar que se o mesmo acontecesse comigo eu não saberia o que fazer à minha vida... por isso devo dizer-te que te admiro pela forma como estás a reagir e pela tua grande força. o francisco decerto onde estiver está muito orgulhoso de ti.
força!
beijos grandes.

:( nem sei o que diga...não sei mesmo...

Krida, que cada dia que passa te dê a força para aguentares um dia seguinte... E lembra-te sempre que estás viva, rodeada de pessoas que te adoram e que é a elas que te deves manter agarrada!
Imagino que neste momento a dor seja do tamanho do mundo, e nada a pode apagar... lida com o ela o melhor que souberes... mas não nos deixes, por favor!!
Se precisares de qualquer coisa, nem que seja gritar,sabes onde me podes encontrar (Blog ou e-mail!)

Um jinho enorme, enorme carregado de muito carinho!

acredito ser das maiores dores, aquela que estás a sentir.

acredito que ñ é justo, para ambos.

mas acredito que o tempo vai ajudar a aliviar, pelo menos.

"Só isto. Com aquela simplicidade que faz qualquer ser, por mais ínfimo que seja, sentir que a sua existência valeu a pena só por ter ouvido, naquele instante, a docura daquelas palavras."

acredita que, só pelo que viveste, já és uma 'eleita'.
e, por isso, acredito que ainda vais ser muito feliz.

comovente e sofrido...

Quando a tragédia bate à porta nunca sabemos como lidar com ela.Parece-nos tudo tão frágil..Mas temos de nos reerguer.Eu sei que é fácil falar,mas acredita que o melhor que deves tentar fazer é pegar nas melhores recordações do Francisco em vida e fazeres delas um suplemento vitaminico para os teus dias.Crê que onde estiver,o Francisco vai orgulhar-se da mulher que tu és.
Um forte abraço de solidariedade.
Se precisares de falar...chorar...ou tentar rir...tens aqui uma"amiga".Não exites...Escreve que eu estarei aqui para te ouvir.

Não há palavras que sirvam de... consolo...
O que descreves é o meu maior pesadelo.
Lamento muito.

já nem sei bem como vim aqui parar... fiquei tão emocionada depois de ler os dois últimos posts que não podia passar aqui sem te deixar um abraço grande e muita força.

um beijinho,
Juliana

olá marta,encontreite pela sonoscrita,e... não sei bem o que te dizer,mas não posso deixar passar em branco um post destes, que embora não faça ideia de quem sejas ,as tuas palavras me arrepiaram e me deu uma vontade enorme de te dar um abraço!Um beijinho muito grande

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